A história da hipnose é tão antiga quanto a humanidade.
Sábios anciãos da antiguidade utilizavam diversas ervas acompanhadas do estado de transe, que até hoje utilizamos para curar o corpo e a mente.
Na Babilônia, uma área cultural localizada na Mesopotâmia, que até hoje é lembrada por seus lindos jardins, foram encontrados escritos antigos com referências ao estado de hipnose. Trata-se de um poema épico chamado de “Epopeia de Gilgamesh”, considerada a obra de literatura mais antiga do mundo.
De acordo com as lendas, há mais ou menos 4700 anos, vivia um homem chamado Gilgamesh, rei da cidade de Uruk. Depois da morte de seu amigo, Enkidu, o rei, revoltado e entristecido, iniciou uma jornada em busca de imortalidade. Foi nessa busca por viver para sempre que Gilgamesh começou a ter sonhos vívidos, em que conseguia visualizar tudo aquilo que desejava no fundo da sua mente.
Diversos estudiosos consideram os sonhos de Gilgamesh como um estado de hipnose, em que o rei entrava em transe para visualizar seu futuro.
Egito Antigo
No Egito antigo, os anciãos também utilizavam a hipnose como forma de cura. Esses sacerdotes induziam os pacientes a um estado hipnótico semelhante ao sono. Eram nos templos do sono que os doentes ficavam reclusos, dormindo profundamente por um determinado tempo para se curarem de suas enfermidades.
Já na Grécia antiga, o deus grego Asclépio era conhecido como o deus da medicina. Filho do deus Apolo, um dos deuses mais importantes e temidos do Olimpo, Asclépio foi criado pelo centauro Quíron, que o educou na arte das ervas medicinais e cirurgias. O templo de Asclépio era Epidauro, que se tornou um local de cura onde os estados de sono eram utilizados para tratar os enfermos.
Na índia antiga, existiam tradições que levavam as pessoas ao estado de transe com a finalidade de cura.
Patanjali, antigo autor indiano, foi tão importante que diversas lendas o cercam, como uma que diz que ele era uma encarnação do deus serpente Ananta, ou uma serpente que rasteja pelo mundo querendo ensinar yoga ao mundo. Foi nos escritos de Patanjali que foi descrito o conceito de regressão a vidas passadas.
Foi apenas no século XV que a hipnose começou a se cercar de misticismo e ganhou uma conotação negativa. Isso porque as pessoas da época acreditavam que a técnica era utilizada pelas bruxas.
Devido à Inquisição, um sistema jurídico da Igreja Católica que tinha o objetivo de combater a heresia, blasfêmia e bruxaria, milhares de mulheres foram queimadas, junto com todos os registros do uso da hipnose por elas.
Mas nem tudo foi perdido…
Os registros que temos documentados começam com um médico austríaco chamado Franz Anton Mesmer (1734-1815).
Franz Anton Mesmer
Certo dia, saindo de um teatro em Paris, Mesmer viu na calçada à sua frente um artista de rua manipulando alguns objetos metálicos sobre algumas pessoas, enquanto elas tinham algumas reações muito interessantes.
Mesmer, muito curioso, perguntou:
— O que está acontecendo aqui? O que são esses objetos?
— É a nova descoberta da ciência! — disse o artista de rua — São os chamados ímãs!
E então o artista começou a explicar como utilizava os ímãs para controlar o magnetismo dos seres humanos.
Se aproximando de uma moça, passou um dos ímãs perto do seu rosto.
— Veja, quando eu altero o magnetismo da senhorita, ela pode rir.
E a moça, como num passe de mágica, caiu na gargalhada.
Depois, o artista passou o ímã em um rapaz, demonstrando outra reação.
— Já com este rapaz, quando alteramos o seu magnetismo, ele pode chorar muito.
Imediatamente, o rapaz passou a chorar como se algo muito triste houvesse ocorrido com ele. Mesmer, embasbacado, observava como o artista conseguia fazer essas coisas acontecerem com os voluntários ao seu redor.
Depois daquela situação inusitada, Mesmer não conseguia parar de pensar no que presenciou. Com tamanha curiosidade, o médico se viu afundando nos estudos sobre o magnetismo natural.
O que ele descobriu
E foi então que ele descobriu: todas as espécies têm um campo magnético, e quando esse campo não está alinhado com o campo magnético da natureza, a pessoa desenvolve alguma doença.
Por outro lado, se ele conseguisse alinhar o campo magnético da pessoa com o da natureza, ela entraria em equilíbrio e poderia se curar de qualquer enfermidade!
E para fazer isso, ele usava os ímãs conectando-os a algum elemento da natureza, como uma árvore. A isso ele deu o nome de magnetismo animal ou mesmerismo.
Assim, Mesmer começou a atender pacientes usando uma combinação de técnicas com ímãs, movimentos de mãos e fixação de olhar. E isso realmente provocava todas as sensações, inclusive convulsões, e frequentemente seus pacientes de fato se curavam.
Como é de se esperar, suas técnicas começaram a fazer muito sucesso com seus pacientes. As pessoas curadas faziam tanta propaganda que Mesmer não tinha mais agenda para atender todo mundo.
Para vencer a demanda, precisou criar formas de atender várias pessoas ao mesmo tempo. E foi assim que inventou um artefato chamado baquet, onde se sentavam até 20 pessoas para receber tratamento simultaneamente.
Dessa forma, atendia até 300 pacientes por dia, continuando com resultados cada vez melhores. O problema, como você pode imaginar, é que os médicos da época não ficaram nada contentes com isso, pois começaram a perder pacientes.
Os demais médicos da época não gostaram nada
Por causa disso, foram atrás do Rei Luís XVI para reclamar sobre o que estava acontecendo. Para resolver o caso, o Rei ofereceu uma grande quantia em dinheiro para que Mesmer partilhasse seus conhecimentos com os outros profissionais.
É aí que a história se divide. Algumas versões contam que Mesmer acreditava que não conseguiria ensinar, já que o magnetismo era um dom dele. Outras versões contam que ele achou a quantia pequena demais para a revolução que esse conhecimento causaria. Por isso, cobrou um valor dez vezes maior, que o rei não aceitou.
Independente do motivo da recusa, o Rei decidiu convocar um comitê científico em Paris, liderado por um embaixador americano muito conhecido hoje em dia: Benjamin Franklin.
Franklin então começou a pesquisar e estudar o magnetismo e a fazer todos os tipos de teste. O que ele descobriu é que essas curas só aconteciam quando os pacientes imaginavam que o magnetismo realmente existia. Se não, nada acontecia.
“Imaginação com magnetismo produz convulsões; mas magnetismo sem imaginação nada produz.”
Após essa conclusão, o famoso Mesmer foi exilado e considerado um charlatão.
Interessante! Mas se nessa época era chamado de magnetismo animal ou mesmerismo, como surgiu então a palavra hipnose?
O primeiro uso da palavra hipnose é atribuído ao Barão D’Henin de Cuvillers (1755-1841), que o utilizou em seus trabalhos. Ele foi também o primeiro estudioso a observar os antigos escritos do Egito Antigo com seus deuses do sono. Daí o termo hipnose, que vem de hypnos, derivado do deus grego do sono de mesmo nome.
Será que foi desse momento que surgiu o mito de que quando estou em hipnose eu estou dormindo?
James Braid
Mas quem realmente popularizou o termo hipnose foi James Braid (1795-1860), médico pupilo de Mesmer.
Trabalhando certo dia, Braid pediu para que seu paciente olhasse para um ponto fixo de uma luz. Mas assim que fez o pedido, se lembrou que tinha marcado uma reunião rápida no consultório ao lado.
— Desculpe, eu volto logo. Continue olhando fixamente para a luz até eu voltar — Braid disse ao paciente.
Compenetrado com a reunião, Braid acabou esquecendo daquele primeiro paciente. Quando percebeu, já havia passado quase uma hora desde que ele havia saído. Correndo de volta para o consultório, o médico pensou que o paciente estaria muito nervoso, ou talvez já até estivesse indo embora.
O que aconteceu com o paciente?
Mas quando chegou, teve uma grande surpresa: o paciente estava no mesmo estado que ele o havia deixado antes de sair!
O que Braid observou é que a pupila do paciente estava bem dilatada, de uma maneira muito similar às pessoas que passavam pelos transes de Mesmer. Então ele testou algumas sugestões com o paciente, reparando que ele respondia imediatamente a todas elas.
Dessa forma, Braid descobriu que a fixação do olhar por vários minutos era uma forma de alcançar o mesmo transe que seu mestre, Mesmer, alcançava. Agora, no entanto, ele tinha uma forma muito mais científica e sem subjetividade de fazer isso.
Quando divulgou suas descobertas como hipnotismo, seus estudos foram propagados em todo o mundo.
Nunca parando de estudar, Braid logo percebeu que o estado de transe não tinha nada a ver com sono. Por isso, sugeriu a correção do nome para “monodeísmo”, que, na psicologia, significa um estado de atividade intelectual em que uma só ideia ocupa o espírito e toda atividade se concentra em torno dela.
No entanto, já era tarde, a palavra hipnose já era muito popular… fica a pergunta. Será que, se Braid tivesse conseguido disseminar seu novo conceito, estaríamos estudando a “monodeísmoterapia”?
Auguste Ambroise Liébeault
Vamos agora falar de uma pessoa considerada o pai da hipnose moderna.
Auguste Ambroise Liébeault (1823-1904) estudou medicina em Strassbour, na França. Na época, leu muitos livros sobre magnetismo animal — que Mesmer ajudou a divulgar — e ficou completamente fascinado.
Depois disso, mudou-se para Nancy, uma cidade onde diversos artistas e intelectuais buscavam refúgio. Lá, abriu uma clínica e começou a trabalhar com hipnose. Escreveu livros sobre a influência do sono e estados similares.
Foi ele que falou sobre sono induzido — em outras palavras, o estado de transe — e escreveu sobre a relação entre o sistema nervoso e o fenômeno de alucinação.
No entanto, preocupado com a disseminação de desinformação sobre o estado de transe, publicou estudos sobre as diferenças entre o estado de sono e de transe, produzido quando hipnotistas dão sugestões ao paciente combinado a foco e concentração.
Por isso, foi o primeiro a escrever que a hipnose está relacionada ao poder da sugestão.
Na época, Liébault começou a fazer tanto sucesso que atraiu a atenção de Hippolyte Bernheim (1840-1919), um médico neurologista francês que começou a frequentar a clínica do Libéault para estudar o fenômeno da hipnose, investindo em pesquisas sobre o assunto.
Juntos, fundaram uma escola de psicoterapia com base na hipnose: a Escola de Nancy, onde os alunos podiam estudar o poder da sugestão.
Bernheim conseguia levar mais de 80% dos seus pacientes ao transe profundo depois de algumas semanas. Quanto mais os pacientes iam em suas consultas, mais eles alcançavam transes mais profundos.
Por isso, ele escreveu um livro chamado Sugestões Terapêuticas, onde descrevia suas e experiencias de hipnose como tratamento para diversas doenças.
James Esdaile
E por falar em estado profundo, James Esdaile (1808-1859) foi o primeiro a alcançar um estado de transe mais profundo que o sonambulismo. Ele era um cirurgião escocês que trabalhava para a Companhia das índias Orientais em Calcutá (Índia).
Na época, se você quisesse fazer uma cirurgia, teria que fazê-la sem anestesia. Consegue imaginar?!
Por isso, era muito comum a mortalidade em cirurgias chegarem a 50%, por dores insuportáveis e perda excessiva de sangue.
Mas Esdaile descobriu que, usando muitas técnicas de relaxamento durante horas, o paciente entrava em um transe tão profundo que o corpo todo se anestesiava completamente.
Esse estado ficou conhecido como “Estado Esdaile”, ou coma hipnótico.
Na época, James trabalhava fazendo cirurgias e amputações em prisões de Calcutá e foi lá que ele começou a utilizar seu novo método. Chegou a realizar mais de 3 mil cirurgias e amputações com hipnose, sem que os pacientes sentissem dor, fazendo relatórios completos de seus resultados.
Além disso, ele conseguiu reduzir as taxas de mortalidade de 50% para menos de 5%!
E os médicos da época, pensavam o quê?
Novamente o conselho médico quis entender como James fazia isso, porém nem ele mesmo tinha clareza do que fazia. Foi quando a igreja católica entrou no meio do assunto, alegando que, se Deus deu a dor, não podemos retirá-la.
Por isso, foi banido de continuar seus trabalhos, foi ridicularizado e exilado da Sociedade Médica Inglesa.
Mas como explicar então o sucesso que ele tinha em seus procedimentos?
Simples: passaram a alegar que pessoas de baixa renda gostam de fazer operações e que fingiam não sentir dores para conseguir ganhar a cirurgia de graça e agradar Esdaile.
O interessante é que apenas 5 anos depois, a primeira anestesia foi inventada, e a igreja não se manifestou. Será que foi a primeira vez que Deus se equivocou e mudou de opinião sobre a dor humana?
De qualquer forma o trabalho de Esdaile é muito importante, pois foi o primeiro médico na história recente que conseguiu demonstrar as incríveis capacidades da mente humana, realizando cirurgias sem anestesia.
Martin Charcot e Sigmund Freud
Outra pessoa que realizou estudos ainda mais sérios sobre a hipnose foi Martin Charcot (1825-1893), um neurologista que foi o primeiro a começar a colocar a hipnose no meio científico de fato. Porém, ele tinha alguns preconceitos com a hipnose, acreditando que ela funcionava só com alguns.
Charcot tinha um aluno que ficaria muito famoso um dia… Seu nome era Sigmund Freud (1856-1939), conhecido como o fundador da psicanálise. Ele estudou e praticou hipnose e atribuiu o sucesso desses tratamentos à alta sugestionabilidade do paciente e às circunstâncias de cada terapia.
Uma coisa muito interessante que Freud dizia era:
“Não há efeito sem causa, e a causa normalmente está profundamente oculta da mente consciente”.
E é nisso que os hipnoterapeutas da OMNI acreditam! Resolver as causas para os sintomas sumirem.
Mas Freud também costumava dizer:
“Hipnose é a psicoterapia dos pobres”.
Mas não o julgue! Na época, era um sinal de status fazer terapia por tempo indeterminado, e a hipnose resolvia os problemas muito mais rapidamente.
No fim, Freud acabou rejeitando a hipnose, mas deixou as razões bem claras na seguinte citação:
“Tornou sê-me logo enfadonho o hipnotismo, como recurso incerto e algo místico; e quando verifiquei que apesar de todos os esforços não conseguia hipnotizar senão parte de meus doentes, decidi abandoná-lo…”
Em outras palavras, Freud não sabia como hipnotizar qualquer pessoa, então desistiu.
Na verdade, ele só falou isso porque não chegou a conhecer Dave Elman.
Dave Elman
Quando Dave Elman (1900-1967) tinha apenas 8 anos, seu pai morreu de câncer, mas, antes de falecer, um amigo da família o tratou com hipnose para aliviar as dores que o impediam de brincar com seus filhos nos seus últimos dias de vida.
Nesse momento, Elman o comparou com um anjo, e decidiu que também queria saber fazer isso na vida das pessoas. E já nessa idade começou a ser um ávido estudante da hipnose.
Aos 13 anos, já fazia shows de hipnose de palco em uma caravana circense que circulava por várias cidades. E, no circo, as pessoas precisavam ficar 100% do tempo entretidas, então ele não podia se dar ao luxo da hipnose falhar, ou perderia seu emprego.
Assim, Elman acabou criando, simplificando e desenvolvendo técnicas para hipnotizar de uma forma rápida e infalível e logo ficou conhecido como o “hipnotista mais novo do mundo”.
Adulto, Elman impressionou médicos estudantes da hipnose, que pediram que ele os treinasse para trabalhar com fobias, alergias, cirurgias e muitas outras coisas.
Mesmo sem formação na área da saúde, ele começou a dar cursos para médicos e dentistas e seguiu nessa carreira até sua morte, ensinando nossa arte para mais de 12 mil profissionais da saúde.
Elman ficou conhecido como o pai da hipnose clássica, pois foi o primeiro na história a criar passos replicáveis que funcionam com 100% das pessoas.
Alguns exemplos desses passos são: a forma de induzir uma pessoa a um transe profundo em menos de 4 minutos, e ao estado Esdaile em menos de 10 minutos. Seus alunos utilizavam a hipnose em partos e anestesias, além de, em 1960, já tratarem diversas doenças crônicas que não possuem solução na medicina tradicional até os dias de atuais.
Sua frase mais famosa era:
“Para todo sintoma existe uma causa.”
Milton Erickson
Um contemporâneo de Elman foi Milton Erickson (1901-1980), psiquiatra que se tornou famoso por ajudar muitos pacientes utilizando técnicas de hipnose.
Aos 17 anos, Erickson contraiu poliomielite e entrou em um coma severo. Depois dessa experiência, se interessou em estudar o estado de transe. Entrou em uma universidade e foi avançando cada vez mais nos seus estudos de psiquiatria e hipnose.
Erickson foi um verdadeiro gênio da hipnoterapia. Tinha resultados incríveis com muitos pacientes. Porém, cada terapia era completamente diferente. Algumas duravam poucos minutos, outras várias horas.
Na verdade, nem mesmo ele sabia explicar como conseguia esses resultados. Por causa disso, seus alunos nunca tiveram resultados significativos nos próprios atendimentos.
Na tentativa de identificar os padrões de Erickson, dois pesquisadores, Richard Bandler e Jonh Grinder, estudaram muitas de suas terapias e conseguirem enxergar pequenos padrões isolados. Ao conjunto desses padrões deram o nome de programação neurolinguística (PNL).
Por isso, é correto dizer que a PNL é uma derivada da hipnose, enquanto a hipnose é a base de tudo!
Mesmo que seus alunos não tivessem resultados, Erickson era um psiquiatra enquanto Elman não tinha formação na área da saúde. Por esse motivo, por muito tempo as técnicas de Erickson foram mais propagadas do que as de Elman…
Até surgir a OMNI.
As origens da OMNI
A nossa história começa com Gerald Kein (1939 – 2017), ou Jerry, para os íntimos. A faísca da hipnose acendeu nele de forma muito similar como aconteceu com Elman.
Durante sua infância, Jerry sempre ia à casa de um amigo para brincar, mas os dois não podiam fazer barulho, pois o pai de seu amigo tinha câncer e sofria com muitas dores.
Certo dia, um hipnotista que passava pela cidade, visitou o pai de seu amigo. Após meia hora sozinho com o enfermo, ambos saíram do quarto. Quando retornaram, Jerry teve uma enorme surpresa:
O pai de seu amigo estava caminhando normalmente e com ótimo humor, até fazendo piadas com a situação. Nesse momento, Jerry decidiu ter essa espécie de poder para ajudar as pessoas da mesma forma.
Assim começou sua procura por alguém que pudesse ensinar hipnose a ele. Quando tinha 13 anos, descobriu que Dave Elman morava na mesma cidade que a sua. Então, foi até a casa de Elman e pediu que o mestre o ensinasse hipnose.
A primeira reação de Elman foi achar que aquilo era uma brincadeira, pois só ensinava profissionais da saúde e, de repente, havia uma criança na frente dele pedindo para ser aluno. Sua resposta foi um forte e firme “não”.
Na semana seguinte, Jerry o visitou novamente com o mesmo pedido. E mais uma vez, ouviu um não brusco.
Nesse momento, percebendo que Dave não seria fácil, Jerry traçou um plano…
O plano de Jerry
Aproveitando que tinha uma tarde de aula vaga na escola, Jerry passou a ir à casa de Elman todas as semanas, sempre no mesmo dia e horário.
Não demorou para a esposa de Elman começar a atender a porta em seu lugar e dizer que o marido não estava. Até que chegou um dia que ninguém mais o atendia e parecia não haver ninguém em casa. Jerry continuou sendo persistente, sempre no mesmo dia e horário.
Certo dia, Jerry saiu mais cedo da escola e decidiu passar na casa de Elman em um horário diferente. Chegando lá, ele encontra o próprio Elman cortando a grama do jardim, surpreso por ver Jerry naquele dia.
Assim Jerry entendeu o que estava acontecendo, então falou a Elman que a partir daquele dia continuaria a passar na casa dele todas as semanas, porém em dias e horários diferentes.
Como o Elman percebeu que o garoto não desistiria, pegou um grande equipamento eletrônico e perguntou se ele sabia usar. Era um gravador de áudio portátil, algo raro na época. Jerry nunca havia visto isso antes, mas respondeu de prontidão:
— É claro que sei, uso isso o tempo todo!
Ele não podia arriscar perder uma oportunidade de estar mais próximo de Elman. Assim, Elman o pediu para levar o equipamento para casa e o preparasse para gravar suas aulas de hipnose.
E assim nasceu uma incrível parceria. Praticamente todos os trabalhos e lições de Elman em áudio, foram registrados por Jerry. Graças a isso seus ensinamentos sobrevivem até hoje!
E assim Jerry começou a se tornar um ícone na hipnoterapia, que inspiraria milhões de pessoas.
A fundação da OMNI
Após muitos anos obtendo resultados impressionantes como hipnoterapeuta em apenas uma sessão, muitas pessoas começaram a pedir para Jerry compartilhar seus segredos de transformação de vidas.
Pensando nisso e com o objetivo de continuar o legado de Elman, ele decidiu criar um curso que fosse realmente completo. E assim, em 1979, Jerry fundou a OMNI Hypnosis Training Center.
Em latim, OMNI significa “todo”, já que a ideia era criar um curso que ensinasse simplesmente tudo o que alguém precisa saber para ser um hipnoterapeuta de sucesso.
Poucos anos depois, os melhores hipnoterapeutas do mundo passaram a ter uma coisa em comum: o certificado da OMNI.
Jerry treinou milhares de alunos, de mais de 40 países diferentes, fazendo com que a OMNI se tornasse o centro de ensino de hipnoterapia mais renomado do mundo. Ele foi responsável por melhorar e facilitar ainda mais algumas das técnicas de Elman, além de desenvolver suas próprias.
E, após quase 30 anos ensinando sozinho, ele percebeu que esse conhecimento precisaria continuar sendo transmitido. Então, em 2007 aconteceu a primeira turma de instrutores da OMNI, onde ele conheceu melhor um dos seus estudantes, uma pessoa que faria toda diferença na continuação desse legado.
Hansruedi Wipf
Hansruedi Wipf (1965) nasceu na Suíça, cresceu no Brasil e estudou ciências políticas nos Estados Unidos.
Hans, como muitos fora da Suíça o chamam, se interessou pela hipnose quando era muito novo. Em 1985, viu uma apresentação de palco e, apaixonado pela técnica, começou a comprar livros sobre o assunto.
Aprendeu a hipnotizar amigos e colegas com técnicas ultrapassadas. Os resultados eram limitados, ainda assim impressionantes. Nos anos 90 comprou pela internet as primeiras fitas de vídeo de Jerry Kein. Em 2006, fez a formação da OMNI e percebeu que ali estava sua missão. Mas foi só em 2007, quando fez a formação de instrutores, que Jerry se tornou seu mentor e dali nasceu uma bela amizade.
Em 2012, Jerry declarou que Hans seria seu sucessor oficial, lhe entregando a direção da empresa. Desde então, Hans tem feito um incrível trabalho na OMNI. Foi o responsável pela expansão da marca por vários países e por fazer nosso processo terapêutico ser o primeiro do mundo certificado pela ISO 9001.
Por fim, em 2017, Jerry faleceu e descansou. Mas o seu legado se manteve com Hans e no coração de cada um dos hipnoterapeutas que passam pela OMNI.
Michael Arruda
Filho de psicóloga, fascinado e entusiasmado por hipnose desde criança, começou a estudar o tema também aos 13 anos, com livros ultrapassados e técnicas antigas. Mesmo assim, começou a praticá-las com amigos, na escola, aprendendo por tentativa e erro.
Sem materiais em português para continuar seus estudos, dedicou-se a aprender inglês para poder continuar seus estudos nessa arte.
Em 2007, encontrou a OMNI e decidiu se tornar um hipnoterapeuta, porém só em 2012, pesquisando em português algumas técnicas de hipnose, ele percebeu que o Brasil estava totalmente atrasado no conhecimento da hipnoterapia.
Nesse momento começou a disseminar a filosofia e técnicas de hipnoterapia, para que mais pessoas pudessem ser beneficiadas. E foi assim que Hans o descobriu e pediu a ajuda dele para divulgar o primeiro curso da OMNI no Brasil.
Em 2015 esse treinamento aconteceu e foi um dos maiores treinamentos da história da OMNI! O que mais impressionou Hans foi que Michael fez tudo isso acontecer trabalhando sozinho.
Por esse motivo, convidou Michael para se tornar um instrutor da OMNI.
Poucos anos depois, Michael implementou melhorias que repercutiram globalmente e fez a OMNI Brasil se tornar a maior referência OMNI no mundo.
Por fim, em 2018, publicou o livro que mais dissemina a hipnoterapia no Brasil, que já alcançou mais de 5 milhões de pessoas.
Mas essa história ainda não acabou…
Sabe quem é o próximo dessa lista? Você!
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