Constelação Familiar: Qual a relação com a hipnoterapia?

Constelação Familiar: Qual a relação com a hipnoterapia?

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constelação familiar

Constelação Familiar vem sendo uma das terapias mais procuradas dos últimos tempos pela sua eficácia em resolver conflitos familiares e ressignificar traumas .

Por meio de uma abordagem parecida ao do psicodrama, por conta da dramatização das situações vivenciadas pelo paciente e da psicoterapia breve, por agir de forma rápida.

Em algumas situações, o problema individual pode ser consequência de uma influência externa. A constelação familiar leva em consideração padrões que se repetem ao longo de gerações. Mas o que é de fato é a constelação? E qual a sua relação com a Hipnoterapia?

Vamos desmistificar todas as dúvidas acerca do tema, então dá uma conferida no que vem por aí:

  1. Para começar, o que é a Constelação Familiar?
  2. Como tudo começou…
  3. As Ordens do Amor
  4. Quais são os benefícios da Constelação Familiar?
  5. Cuidado com o mau uso da técnica!
  6. Qual a relação entre a Constelação Familiar e a Hipnoterapia?

Para começar, o que é a Constelação Familiar?

família

A Constelação Familiar Sistêmica é um método terapêutico que foi criado pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger (16/12/1925 – 19/09/2019), na qual  utiliza um método que estuda os padrões de comportamento dos grupos familiares que atravessam as gerações.

Essa dinâmica pode ser feita em grupos ou individualmente e , durante as sessões, são recriadas as cenas na qual o constelado (indivíduo que passa por essa dinâmica) revive os sentimentos e emoções atrelados a sua família.

Em sessões em grupo, são os voluntários que revivem esses sentimentos e quando a sessão é individual é utilizado bonecos  e outros objetos para representar os diferentes papeis dos familiares.

O principal objetivo da constelação familiar é trazer de forma consciente às influências que temos em nosso sistema familiar. Por exemplo, por trás de um insucesso profissional, pode haver uma relação familiar conturbada que nosso consciente não é capaz de identificar.

Um exemplo disso é quando em um relacionamento duas pessoas fazem a mesma tarefa de maneira distinta. Não há certo nem errado na maneira em que cada um faz a tarefa, mas sim, hábitos que são repetidos de geração para geração.

Como tudo começou…

Como tudo começou...

Bert Hellinger no começo do seu trabalho com as Constelações Familiares, trouxe algumas referências em seu estudo, como a Análise Transacional proposto por Erick Berne (1910-1970) que acredita que o ser humano é um indivíduo social, e que se colocado em contato com outra pessoa, algo irá resultar dessa interrelação.

Sua segunda influência foi Arthur Janov (1924-2017),  um psicoterapeuta americano que propôs o “Grito Primal”,  tinha como fundamento trabalhar com experiência de momentos difíceis na busca de liberar e expressar algo que estava bloqueado.

Uma das maiores referências para a técnica da Constelação veio do Psicodrama, criado por Jakob Moreno (1189-1974), com o objetivo de promover as relações reais com os sentimentos, fantasias e emoções da pessoa, através da representação teatral.

Por fim, foi com Virginia Satir (1916-1988) que criou as “Esculturas Familiares” que diferente do psicodrama, ela não dava ênfase na reencenação, seu objetivo era trabalhar a história da família e como essas relações se se aplicavam durante as gerações e após essa conscientização, era direcionada de fato a escultura familiar.

Através dessas influências ele criou sua própria técnica, baseada nas três leis (que vamos explicar a seguir). Dessa forma, ela mostra que muitos dos nossos problemas como doenças, incompreensões mágoas podem estar atrelados a outros familiares que passam por essas sensações, mesmo que não tenhamos conhecido a pessoa.

As Ordens do Amor

Leis do Pertencimento

Todos os seres têm a necessidade de pertencer a algum lugar. Ao nascermos, o primeiro lugar que somos inseridos e nos sentimos pertencentes é o sistema familiar.

De acordo com Bert Hellinger, a aceitação e o acolhimento precisam acontecer independentemente se nossas ações forem boas ou ruins.

Quando algum membro da família tem comportamentos considerados fora dos padrões do sistema familiar como desvio de ética e moral a tendência é que os outros familiares acabem por tentar suprimir este fato, fazendo com que aquele que cometeu os erros seja afastado do convívio familiar, ou seja, excluído.

Quando essa situação acontece, há o processo de “dor do excluído”, onde ocasiona problemas não para o “excluído”, mas sim para toda a próxima geração da família.

No livro “Ordens do Amor” é explicado que quando um membro da família sofre este processo de exclusão, suas consequências são, invariável e inconscientemente, assumidas pelos membros subsequentes da família. A solução nesse caso é que a pessoa excluída seja reintegrada na família.

Lei da Hierarquia

Dentro de uma família, cada um ocupa uma posição que deve ser respeitada e reconhecida. Mas que é necessário que se respeite os familiares que vieram primeiro (seus antepassados).

O desiquilíbrio nessa lei ocorre quando os papéis  se invertem, como filhos tomam papéis  de pais. Essa situação pode gerar pais com comportamentos infantis e filhos mais ansiosos com emocional frágil.

Lei do Equilíbrio

Dentro de um sistema familiar, é fundamental que haja um equilíbrio entre o dar e receber. Isso quer dizer que é necessário que todos os membros doem e recebam afeto de maneira igualitária, para que assim as relações se mantenham equilibradas.

O desiquilíbrio ocorre quando uma parte doa mais que a outra. Isso acontece, pois aquele que recebe mais afeto do que doa acaba por tornar-se dependente de seu parceiro, e, em consequência disso, menos interessante, aos olhos do cônjuge que se doou em excesso.

O resultado disso pode ser uma traição, já que o parceiro mais dedicado sempre sentirá que está faltando reciprocidade em seu relacionamento.

Dentro dessa Lei, o desiquilíbrio pode se manifestar também quando algum membro da família desiste de seus próprios sonhos, anseios, carreira, emprego, entre outros, em benefício de filhos ou parceiros.

Quais são os benefícios da Constelação Familiar? 

Família

Como você viu até agora, o objetivo da constelação familiar é explicar como se dão os padrões de comportamentos através do sistema familiar, e o primeiro benefício que iremos listar é que a constelação pode reatar seus laços com a família.

Uma pessoa que se dispôs a ser constelado pode reatar seus laços com a sua família. Pois , durante o processo vai haver o equilíbrio das partes. Assim, isso possibilita que ele interprete e valorize o convívio.

Relacionamentos

Uma pessoa que passa por traumas na família, tende a reproduzir os mesmos comportamentos em seu relacionamento. Dessa forma, a probabilidade desses comportamentos prejudicarem seus relacionamentos, é alta.

Contudo, o constelado se tornará uma pessoa mais decisiva e amorosa após passar pelo processo da constelação familiar.

amor

Comunicação

Inseguranças e uma baixa autoestima  podem afetar nossa capacidade de ter uma boa comunicação com as pessoas que estão ao nosso redor e até mesmo nos fazer perder oportunidades de emprego ou de um cargo mais alto.

Ao ser constelada, uma pessoa se torna mais confiante e comunicativa, vencendo seus medos, insegurança e timidez.

Cuidado com o mal uso da técnica!

Vale ressaltar que a Constelação Familiar não é reconhecida pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) nem pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). A técnica não é reconhecida como terapia pois faltam dados e estudos científicos para comprovar a sua eficácia.

Bert Hellinger denominava a constelação como método empírico, ou seja, tendo como base a vivência e observação do próprio pesquisador. A Constelação Familiar não substitui a psicoterapia.

O CFP não proíbe nem contraindica a Constelação Familiar, mas o recomendando é que ela funcione como prática complementar à psicoterapia, o próprio SUS (Sistema Único de Saúde) já a autorizou com essa finalidade.

Qual a relação entre a Constelação Familiar e a Hipnoterapia?

Algumas técnicas da hipnose podem ser usadas durante o processo de constelação familiar, como a regressão. Além disso, as duas técnicas nos fazem entender, dentro da nossa mente consciente, que muitos de nossos problemas não são tão simples, e sim, que suas raízes são bem mais profundas. Tudo isso está comprovado pela ciência como sendo uma técnica que oferece excelentes resultados.

Entenda a ciência dentro da hipnoterapia.

Uma situação pode te conectar a todas as pessoas dos seus sistemas familiares, sem ter a noção de que o simples fato de você nascer ali, já é o suficiente para fazer nós termos uma pré-disposição para uma gama de comportamentos.

Na hipnoterapia damos a nomenclatura de “crenças limitantes”. Fomos aprendendo ao longo da vida, pela nossa família e pessoas ao nosso redor, certos padrões que vamos repetindo, mas essas crenças são negativas e nos limitam em diversas áreas como em relacionamentos e financeira.

Tanto a Constelação Familiar, quanto a Hipnoterapia tem como finalidade nos fazer entender o motivo pelo qual estamos em determinadas situações. Por isso, ambas foram incluídas no Sistema Único de Saúde (SUS), em 2018, como terapias complementares a saúde e ao bem-estar.

Apesar de a constelação familiar ainda não ser reconhecida pelo CFP como uma técnica autônoma de terapia, pode ser utilizada como ferramenta para a psicoterapia e para a hipnoterapia.

A grande diferença é que a hipnoterapia é mais palpável, já que é possível encontrar o momento exato que a situação aconteceu e ressignificá-lo.

E aí, conseguiu tirar todas as suas dúvidas sobre Constelação Familiar e Hipnoterapia?

Se ainda estiver com alguma dúvida, deixe aqui nos comentários!

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Texto escrito por Laura Medeiros.

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