O vício em tecnologia das crianças tem assustado você? Acredite, a maioria dos pais, responsáveis e professores encontram grandes dificuldades em garantir que as crianças prestem a atenção em algo que esteja fora das telas do celular ou do computador. Mas como contornar essa situação? É o que euzinha de melo vou te explicar agora.
Uma pesquisa divulgada em 2018 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostrou que 85% das crianças e adolescentes são usuárias ativas da internet. Esse dado representa 24,7 milhões de brasileiros. No mesmo ano, o canal no YouTube da “Galinha Pintadinha” ultrapassou em visualizações alguns dos maiores nomes da música mundial, como Rihanna e Justin Bieber.
O aumento no número de crianças e adolescentes com acesso livre a internet preocupa pais e pedagogos, não apenas pelos perigos que a web oferece, mas também por um assunto que se tornou muito comentado nos últimos anos: o vício em tecnologia.
E o grande ponto de interrogação de muitos pais é: como tirar meu filho do celular?
É sobre isso que vamos falar agora!
- As crianças e a tecnologia
- Como limitar o uso do celular
- Não use o celular para ocupar seu filho
- Ensine as crianças a lidarem com o tédio
- Proponha viagens, passeios
- Exercícios físicos são a melhor opção
- Leia com seus filhos
Anote tudo e acumule o máximo de conhecimento.
As crianças e a tecnologia
Especialistas em neuropsicologia apontam para um comportamento diferente das crianças em suas relações interpessoais. Afinal, por meio da tecnologia, é possível ter acesso a livros, filmes, arte, jornal, músicas, jogos e muito mais, o que torna a criança cada vez mais sedentária.
Outra informação importante é que quase um quarto dos jovens é tão dependente dos próprios celulares que eles mesmo passaram a se considerar viciados.
Um estudo realizado por pesquisadores do King’s College de Londres, mostrou que o comportamento compulsivo dos jovens por aparelhos celulares significa que as pessoas ficam “em pânico” ou “chateadas” quando o acesso a esses equipamentos lhes é negada.
O estudo ainda mostrou que 23% das crianças e jovens tinham comportamento classificável como vício, ansiedade por não poder usar o telefone, pela falta de controle com o tempo que passa no celular.
Esse comportamento viciante pode estar ligado a outros problemas sérios, como estresse, depressão, ansiedade, insônia e até mesmo questões relacionadas a Bullying.
Como limitar o uso de celular
Muitos pais, na tentativa de evitar o vício em tecnologia, costumam proibir o uso de aparelhos como celulares, tablets e computadores. Com isso acabam mostrando para as crianças que o ato de mexer nos aparelhos tecnológicos é algo errado, e que por isso precisa ser reprimido.
Mas a mente de um pequeno não funciona assim tão especificamente, o que significa que ele não entende que a ideia não é proibir e sim educar. Mas existem pontos que os especialistas consideram exagerados quando avaliam a opinião dos pais brasileiros que proíbem ou até mesmo limitam o período de uso desses aparelhos.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) reeditou um guia de orientação aos pais sobre o uso constante e viciante de telas. Para algumas pessoas, os limites de uso (que são necessários) são considerados rígidos para a realidade das famílias brasileiras.
De acordo com Luci Pfeiffer, do grupo de trabalho de Saúde na Era Digital da SBP, os limites de tempo que são estabelecidos pelo manual seguem as orientações da OMS.
Não use o celular para ocupar seu filho
Muitos pais acabam recorrendo às telas do celular ou do tablet para entreter as crianças enquanto eles executam tarefas de casa ou estão com visitas. Mas essa é uma atitude muito ruim para o desempenho social e psicológico dos pequenos, pois eles podem passar a acreditar que, para que seus pais gostem deles seja necessário ficar quieto mexendo nos pequenos aparelhos.
É preciso deixar a criança agir como criança!
As gerações mais antigas não tinham acesso a esse tipo de tecnologia durante sua infância, por isso viviam na rua, brincavam a vontade, corriam, voltavam cheios de machucados e arranhões, mas ainda sim mantinham o corpo e a mente em pleno funcionamento.
Não tem nada de errado em permitir o uso de tecnologias como o celular e o computador, mas é preciso que os pais fiquem atentos, porque podem ser os facilitadores de um perfil de criança e adolescente com vício em tecnologia.
Desde os anos 80 é sabido que quanto mais tempo na frente da TV se traduz em menos paciência e autocontrole, pois o desenvolvimento maturativo da atenção e maiores taxas de baixo desempenho escolar. Por isso, quando olhamos para celulares, computadores e tablets a preocupação com as crianças se torne ainda maior.
Ensine as crianças a lidarem com o tédio
Hoje em dia, até mesmo os adultos recorrem ao telefone para “matar o tempo”, conferem as redes sociais, dão uma olhada nas notícias da cidade e se entretém através das diversas telas disponíveis. Mas, quando falamos em crianças, é muito difícil saber lidar com o tédio das crianças.
Crianças imitam os adultos desde sempre, afinal, eles são sua referência de comportamento e personalidade. E justamente por verem seus pais, irmãos mais velhos, tios e outras pessoas mexendo no celular de forma esporádica, apenas para passar o tempo, é que as crianças entendem que esse é o melhor jeito de sair do tédio.
O problema é que não é bem assim.
É preciso ensinar os pequenos a lidar com o tédio de forma mais ativa e saudável, como ocupar a mente com responsabilidades escolares, aulas de futebol, dança ou alguma atividade extracurricular que possa ajudar a entreter o dia dessa criança, sem a necessidade de usar o telefone.
Outro ponto importante é que muito levado em consideração é que o ato de se entreter por através de objetos tecnológicos, como celular, tablets e computadores torna o nosso cérebro preguiçoso. Imagine uma criança ou adolescente, no auge do desenvolvimentos das suas capacidades mentais…
Deu para entender onde eu quero chegar?
O vício em tecnologia pode se tornar um verdadeiro monstro para o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, por isso é importante garantir que o acesso delas a esse tipo de aparelho seja em sua maioria para auxílio nos estudos, porque as vantagens para eles são enormes quando olhamos para o desenvolvimento nos estudos.
Proponha viagens, passeios
Quando seus filhos estão dando sinais de vício em tecnologia, é importante mostrar a eles qual a importância de viver o momento pessoalmente, com amigos, familiares, lugares interessantes e diversas outras atividades ao ar livre que podem proporcionar mais saúde física e psicológica, sem falar que é uma forma de garantir maior desenvolvimento cerebral para crianças e adolescente.
Propor passeios, viagens, visitas a museus e parques pode ser uma excelente forma de garantir que os pequenos abandonem, por um bom período do dia, os celulares e ajuda a equilibrar a sensação de ansiedade, estresse e até mesmo o tédio de ficar o tempo todo dentro de casa (em uma realidade na qual não há Pandemia).
Momentos assim ajudam a facilitar o processo de aprendizagem dos mais novos, porque requerem maior concentração nos detalhes, curiosidade e a vontade de vivenciar o novo.
Exercícios físicos são a melhor opção
Incentive as crianças e os adolescente a mexerem o corpo!
Nada melhor para o sedentarismo e para o tédio do que uma boa sessão de exercícios, dança, caminhada, corrida ou qualquer outra atividade. Pois, o uso constante de aparelhos tecnológicos pode gerar um sério problema para a saúde, principalmente pela falta de exercícios.
Para você ter uma ideia, 80% dos adolescentes não fazem o mínimo de exercícios físicos para manter a saúde. E isso não envolve ir à academia ou fazer atividades físicas relacionadas a uma melhora física, mas atos simples como caminhar até a escola, andar de bicicleta ou jogar bola com os amigos na rua ou no parque.
Esse é um dos principais causadores de um problema que os especialistas chamam de epidemia da obesidade. Os jovens estão cada dia mais sedentários e o uso de celulares e computador contribui com esse problema, então a prática de exercícios físicos pode ajudar, e muito, no desenvolvimento da saúde.
Leia com seus filhos
Todos sabemos que a leitura é um ato muito importante para garantir o desenvolvimento das crianças e jovens, mas essa leitura precisa ser um hábito comum para todos os componentes da família, principalmente os pais, que servem de inspiração para os alunos.
Conforme os pais incentivam as crianças e adolescentes ao hábito da leitura, eles proporcionam experiências completamente diferentes para seus filhos e para a mente deles. Por isso essa é uma forma muito eficiente de garantir que o vício em tecnologia seja barrado ou, pelo menos, controlado com o hábito de ler.
Além disso, a leitura acompanhada dos filhos contribui para a memória subconsciente dessa criança. Isso constrói para a mente subconsciente uma memória bonita e afetiva entre pais e filhos, o que pode formar uma personalidade especial na vida adulta.
Você conhece algum pai ou mãe que busca uma forma de controlar o vício em tecnologia? Então compartilha esse artigo e ajude esses pais a encontrarem uma forma de educar seus filhos.
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