Quem vai admitir que perdeu o desejo sexual pela pessoa que escolheu viver até o último dia de sua vida? Este é considerado um tabu em pleno século XXI, o que espanta quando lembramos que hoje em dia o acesso das pessoas a esse tipo de conteúdo é muito mais democratizado.
Sentir desejo por alguém é algo comum na vida humana, até porque, sem isso nossa espécie nem existiria. No entanto, há um ponto extremamente curioso sobre este assunto, afinal, esse é um dos termos mais buscados no Google quando falamos de vida sexual.
É preciso considerar que um relacionamento saudável possui uma base sólida de confiança, cumplicidade e abertura para expor os pontos positivos e negativos. Mas quando o assunto é sexo… a coisa muda de tom.
Falamos de sexo às escondidas com amigos na adolescência, em outras (raras) vezes, falamos com nossos pais e ainda assim não esclarecemos todas as dúvidas por completo.
É aí é que complica.
Isso porque o tal do desejo sexual é constantemente ligado à tabus e preconceitos sem o menor cabimento, principalmente na vida adulta, já que é o momento em que as pessoas não costumam falar abertamente sobre isso.
Mas, mesmo assim, podemos exemplificar o desejo sexual como uma bateria de pilha: uma hora acaba. E a grande pergunta é justamente essa, por que o desejo sexual simplesmente some quando estamos a um determinado tempo com alguém?
É sobre isso que vamos falar a partir de agora!!
Dá uma olhada no que vem por aí:
- O que é desejo sexual
- Perdemos o medo do pecado da carne
- Os benefícios do sexo
- Por que o desejo sexual reduz?
- Libido
- O casamento nessa história toda
- Como aumentar o desejo sexual no casamento
O que é desejo sexual
Para entender a complexidade do desejo sexual é preciso entender o que significa desejo, meu caro amigo! O que exatamente significa desejar algo ou alguém? Será que essa é uma resposta automática do nosso organismo para outras pessoas? Bom, vamos por partes, ok?!
Sem pressa…
O desejo era visto na metafísica como um tipo de sentimento, pois representa aquilo que os seres têm vontade de realizar, seja psicológica ou fisiologicamente.
De acordo com o nosso querido dicionário, a palavra DESEJO é um verbo, ou seja, uma ação que a nossa mente toma ao considerar que algo ou alguém é bom para uma pessoa.
Já segundo Platão e diversos outros filósofos religiosos, o desejo está ligado à imperfeição das pessoas. Pois, alguém que não aspira nada e nem precisa de nada seria um ser perfeito, em outras palavras, um Deus
Em resumo, o desejo é algo que nossa mente subconsciente quer com muita vontade.
Conheça a mente subconsciente aqui
Agora vamos para a parte interessante…
Quando nos referimos a vida sexual, o desejo é como uma força intrínseca no subconsciente das pessoas, fazendo com que elas tenham pensamentos desejosos por algo ou alguém.
Não vamos entrar no mérito da orientação sexual, porque isso é assunto para outro artigo.
Nos primeiros séculos após o surgimento da ideologia Cristã, o desejo sexual tinha como única finalidade a reprodução. Ou seja, por mais que uma pessoa desejasse fisicamente a outra, o pecado da carne (o desejo sexual e o ato sexual) era considerado um dos piores e mais terríveis pecados para a Igreja.
Outro detalhe é que as mulheres foram vistas, durante séculos, como uma fábrica de fazer bebês.
Lembrete: o desenvolvimento social desse período era basicamente norteado pelas normas da Igreja.
Perdemos o medo do pecado da carne
Mesmo assim, com o passar dos anos e com a perda de “poder” no meio social que a Igreja teve, as pessoas passaram a conviver melhor com a sensação de desejo.
Inclusive, muitas cederam aos gritos de socorro de seus próprios desejos, e encontraram na relação sexual o equilíbrio que tanto procuravam.
Sim, ter relações sexuais nos deixa mais calmos. Anota isso aí, meu bem!
Isso se tornou algo comum no dia a dia apenas de pessoas casadas.
Pois, quando percebeu que proibir as pessoas de ter relações sexuais era o mesmo que tentar beber água com o garfo, a Igreja mudou sua abordagem.
O sexo ainda era um ato que precisava de restrição, mas poderia ser feito por homens e mulheres que estivessem casados. A finalidade ainda era gerar um novo “filho de Deus”, mas agora já não era visto como um pecado grave (quando feito em casamento).
Aqui as mulheres já tinham uma certa voz dentro do casamento, mas ainda seguiam regras muito rigorosas sobre qual era a função de uma esposa no casamento.
Ate porque, o desejo sexual delas não era levado em consideração. Elas não tinham a liberdade de escolher seus parceiros sexuais e quando escolhiam eram taxadas de “mulheres da vida”.
Inclusive, eu aposto que se você perguntar sobre isso com seus avós o pensamento ainda está muito semelhante ao de antigamente.
Mas hoje as coisas mudaram!
Eu não estou dizendo que hoje o desejo sexual é banalizado e virou uma festa. Mas as regras retrógradas impostas às pessoas há séculos atrás, já não têm o mesmo peso.
E isso faz uma grande diferença na relação entre os casais.
Os benefícios do sexo
Lembra que eu falei antes que o sexo nos deixa mais calmos? Eu não estava brincando!
Segundo os especialistas em saúde, a prática sexual garante que você libere hormônios essenciais para o bom funcionamento do corpo e da mente.
O desejo sexual está diretamente ligado à prática regular da atividade sexual, pois garante que você melhore áreas da sua vida, como emocional, circulação sanguínea, condicionamento físico, firmeza da pele e muito mais.
Sexo é vida – literalmente.
Além disso, o sexo libera endorfina e ocitocina, que são hormônios que proporcionam sensações de felicidade e bem-estar aos que se envolvem pelo desejo sexual.
No entanto, para alcançar esse benefício é preciso que o parceiro(a) esteja sintonizado na mesma frequência que a sua. Só assim é possível sentir todo o bem-estar proporcionado pelos hormônios.
Um pesquisa feita pela Universidade de São Paulo (USP) revelou que 70% dos brasileiros fazem menos sexo do que revelam em conversas e pesquisas.
O que prova que muita gente fala, sabe que sexo faz bem, mas fazer que é bom… nada.
Assim como você leu anteriormente, a prática sexual gerada a partir de um desejo sexual pode ser benéfica para os seres humanos em diferentes frentes, desde a parte física como foi mencionado antes até mesmo questões psicológicas. Para que você conheça alguns desses benefícios, como por exemplo:
Saúde física
- Melhora a saúde cardiovascular;
- Reduz a pressão arterial;
- Auxilia crises de enxaqueca;
- Diminui risco de câncer de próstata;
- Melhora a aparência pele;
- E muito mais.
Saúde psicológica
- Combate o estresse;
- Diminui a ansiedade;
- Reduz os efeitos da depressão;
- Proporciona sensação de bem-estar;
- Melhora a experiência do orgasmo.
Por que o desejo sexual reduz?
Muitas pessoas casadas afirmam que, com o tempo e a rotina, a frequência das relações tende a diminuir, não por falta de amor, mas por falta de desejo sexual. E é aqui que se encontra o grande problema nas relações entre casais!
A falta de desejo sexual não é uma questão hormonal específica, mas um conjunto de ações que NÃO foram feitas entre o casal para que gerasse uma sensação de interesse, motivação e desafio.
A falta de desejo sexual está muito mais ligada a esses pontos do que a um desinteresse afetivo entre as pessoas.
Segundo a endocrinologista, Myriam Belmar, “…se as relações são gratificantes, nosso organismo nos pedirá para voltar a tê-las para voltar a experimentar a satisfação que geram…”.
Quando não seguem essa ideia de desafio, a relaçã0o entre os casais, em especial os que já vivem juntos há um tempo considerável acabam perdendo o tempero da relação e, consequentemente, o desejo sexual.
Além disso, existem outros pontos que podem influenciar na perda de desejo sexual, como por exemplo:
- Falta de tempo para o casal;
- Problemas de saúde;
- Mente cheia de crenças limitantes;
- Falta de diálogo com o parceiro(a);
- Ter falta de empatia com seu parceiro;
- Problemas com a libido;
- E o famoso “ah, amor eu tô cansado(a) hoje. Deixa pra amanhã?!”.
Libido
Para simplificar, a libido nada mais é do que o desejo sexual de uma pessoa, ou seja, a vontade de ter relações sexuais. Normalmente ela pode variar ao longo da vida, com seus picos e quedas consideráveis.
Embora a rotina e os itens cotados antes aqui no artigo sejam grandes responsáveis pela falta de sexo no casamento, a famosa libido pode causar complicações nos relacionamentos.
A falta dessa ferramenta essencial pode vir de diversos fatores, inclusive os hormonais e variam de homens para mulheres.
As mulheres e a libido
Além da famosa menopausa, período em que as mulheres passam por uma mudança extremamente brusca na produção de hormônios, há o fantasma da perda de libido.
Hoje sabemos que as mulheres têm seu auge sexual um pouco mais tarde que os homens. Mas também sabemos que muitos fatores, além dos hormonais, podem desencadear uma queda na libido das mulheres.
De acordo com um estudo feito pelo Hospital das Clínicas (HC) apontou que 23% das mulheres que perderam o desejo sexual sofrem de ausência de orgasmo (anorgasmia).
Na mesma pesquisa, outras 13% se queixam de vaginismo, que é a contração involuntária dos músculos próximos da vagina.
Outro fator importante que precisa ser avaliado é a medicação que essas mulheres têm tomado.
Isso porque muitos remédios têm efeito negativo quando falamos em libido feminina. E nem precisam ser remédios ligados a saúde da vagina ou do útero, na verdade, drogas usadas para quem tem problemas diuréticos, pressão alta e até mesmo antidepressivos podem ser os inimigos.
Tomar esses medicamentos pode causar a temida perda de desejo sexual nas mulheres e, para evitar, é necessário que seja feito um acompanhamento médico frequente.
A libido para os homens
Os homens podem ter uma vida sexual ativa por décadas e ainda na terceira idade existe o desejo sexual. No entanto, com os anos, a fadiga e até mesmo a falta de interesse por pensamentos libidinosos e mais ousados, os homens deixam de sentir desejo sexual naturalmente.
No entanto, assim como no caso das mulheres, alguns medicamentos podem ser extremamente nocivos para a saúde sexual masculina.
Medicamentos para problemas renais, antidepressivos e remédios ligados ao controle da pressão podem acelerar o processo de redução do desejo sexual masculino e só devem ser tomados sob prescrição médica.
O casamento nessa história toda
Diante desse empasse entre a libido de homens e mulheres, como ficam as relações a dois? Os casamentos, namoros e demais relacionamentos afetivos entre casais?
Muitos casamentos acabam por não terem essa ligação afetiva tão importante, o desejo sexual. Isso porque a falta de sexo pode abrir espaço para o estresse, as discussões, a desconfiança e, infelizmente, o fim.
A mente
Tanto para as mulheres quanto para homens existe um fator importante que faz toda a diferença no desejo sexual de homens e mulheres: a nossa mente.
Questões psicológicas podem interferir diretamente no interesse sexual dos indivíduos, não apenas por conta dos medicamentos usados para combater essas patologias, mas principalmente por a mente alimentar limitações que prejudicam de alguma forma.
Nossa mente é extremamente poderosa, mas se algo está errado com ela, todo o resto vai sair dos trilhos na nossa vida. Um desses pontos é a vida sexual.
Psicopatologias como a depressão e ansiedade podem prejudicar de forma incisiva nossa capacidade de desenvolver desejo sexual por nossos parceiros afetivos. Além disso, se levarmos em consideração o uso de medicamentos, questões hormonais preexistentes e patologias genitais, como o vaginismo por exemplo, a relação sexual se torna ainda mais prejudicada.
É preciso ser compreensivo(a) com o parceiro para que juntos encontrem a melhor solução.
Como aumentar o desejo sexual no casamento
É possível garantir que ambos tenham uma experiência gostosa na vida sexual desde que haja compreensão, diálogo e paciência.
Com a afinidade, a sintonia do casal, a rotina e os filhos, é possível que os casais se deixem levar pelo cotidiano agitado e deixem de reservar um tempinho para a vida a dois. E quando finamente separam um momento para usar e abusar do desejo sexual, acabam deixando de lado o quesito conquista, sedução e desejo.
Assim, iniciam as atividades sexuais de forma “rapidinha” sem todo aquele cuidado que gera o interesse e o desejo sexual pelo casal. E se a chama do desejo sexual apagou, é preciso dar um jeito de botar fogo nesse parquinho de novo, meu bem. Por isso separamos uma lista com algumas das melhores dicas para devolver o “ziriguidum” ao relacionamento do casal.
Dá uma olhada nessas dicas:
- Sinta-se sexy e bem consigo mesmo(a);
- Aceite ajuda de terceiros;
- Separe um dia para o casal;
- Inove na cama e fora dela;
- Que tal usar uns brinquedinhos interessantes;
- Não programe o momento do sexo;
- Elogie sempre;
- Abra seu coração (sem preconceito!);
- Curta o momento sem interrupções;
- Faça aquela massagem relaxante antes da festinha.
Outra excelente possibilidade de garantir um melhor controle da sua mente, e consequentemente, do desejo sexual, é a prática da auto-hipnose. Grandes nomes da sexologia e especialistas no estudo da mente humana, garantem que o exercício de controle da mente pode ser um aliado poderoso na vida a dois.
Explorar essas possibilidades pode trazer maior liberdade e paixão para o relacionamento. Com isso, não haverá uma noite, dia e porque não dizer uma tarde, que fique sem o fogo do desejo sexual de ambos os lados. De uma forma verdadeiramente transformadora.
Está preparado(a) para aproveitar os bons ventos de uma relação sexual mais prazerosa e cheia de desejo? Então coloque em prática essas dicas e depois relate nos comentários quais foram os resultados!
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