Como parar de fumar com auxílio da Hipnoterapia

Como parar de fumar com auxílio da Hipnoterapia

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Parar de fumar

Como parar de fumar? Várias vezes após minha formação em Hipnoterapia ouvi as seguintes indagações disfarçadas de perguntas; “para que serve esse negócio de hipnose? Você vai me fazer dormir? Vou perder a consciência?”

Creio eu que todos os Hipnoterapeutas já passaram por isso. Algumas vezes também tive que explicar até mesmo a postura ética, pois alguns acham a hipnose algo muito místico e em algumas comparações absurdas chegam a falar que “isso não é coisa de Deus não”. Mas tudo isso temos controle e conhecimento técnico para esclarecer a simplicidade do método.

Em outros tantos casos de não conhecerem o processo, acabam fazendo comparações engraçadas, como o Fábio Puentes “bem dormido”. Outros até falaram que as coisas que eu fazia eram iguais ao Mister M. E por mais que o processo da hipnoterapia seja mágico não é um truque, é apenas você usando o Poder da sua Mente a seu favor, coisa que talvez você nunca tenha pensado ou usado.

Com o parágrafo acima quis salientar uma das partes mais difíceis de ser um Hipnoterapeuta, ou a parte mais difícil para mim: livrar as pessoas desses paradigmas sociais, ou até mesmo um pré-conceito sobre o desconhecido. Orientar sobre a eficácia, sobre como podemos usar a hipnose conscientemente em todos os momentos da nossa vida (por mais que já façamos isso) em benefício próprio.

A Hipnose é um estado natural da nossa mente e sempre que estamos concentrados ou focados em atividades e tarefas do dia-a-dia estamos em hipnose, dirigindo nossos carros, trabalhando, escrevendo, conversando, “tudo” é hipnose. Devemos saber que isso é natural, não uma mágica, onde eu a uso apenas para entretenimento.

Mesmo após explicar isso dessa forma, as pessoas ainda fazem piadas, deboches e brincadeiras, pois a hipnose é tão óbvia que na cabeça deles é impossível uma coisa simples dessa existir.

Técnica de hipnose para livrar algumas dores instantaneamente

Na minha formação me lembro de um fato que aconteceu no quinto dia de curso. O instrutor ensinou uma técnica de hipnose chamada Hipnoflash (desenvolvida pelo Michael Arruda presidente da OMNI Brasil), que a grosso modo seria te livrar de algumas dores instantaneamente. Vou explicar o fato do curso que ficará mais fácil compreender.

Estávamos concentrados na aula (estado de hipnose) quando o instrutor perguntou se havia alguém sentindo alguma dor, e de imediato uma colega levantou a mão. Disse estar com uma dor de cabeça muito forte e que por ela conhecer era o primeiro estágio para começar uma enxaqueca.

Então o instrutor a chamou para frente da sala, pediu que ela fechasse os olhos se concentrasse na dor de cabeça. Com um simples balançar da cabeça dela falou “e a dor some completamente”. A reação dela foi “sumiu a dor”, com uma cara de assustada que foi muito engraçada.

Mas o que mais me chamou a atenção foi à reação de outra colega de turma. Logo após a colega falar que a dor sumiu, ela exclamou “ah, isso é mentira, só pode ser, impossível isso”. Nesse momento pensei e logo falei: “olha só como nossa mente funciona, estamos em um curso de Hipnoterapia, aprendendo sobre hipnose, estamos no quinto dia de curso e aprendizado, e mesmo assim a nossa mente desacredita de algo tão óbvio e simples, e gera questionamentos.” E essa colega que “duvidou” da técnica só acreditou quando ela mesma passou pela experiência e foi muito engraçado também a reação dela.

Com essa experiência no curso, eu entendi que meu desafio seria grande, mostrar às pessoas a eficácia da Hipnoterapia/hipnose. E eu estava certo, foi um grande desafio e ainda é. Mas aprendi uma grande lição. Quanto mais explicava às pessoas sobre o processo, mais curiosidade gerava, e quanto mais curiosidade gerada, mais cliente conseguia, e quanto mais cliente conseguia, mais vidas transformadas aconteciam.

E com isso a perspectiva de um mundo melhor, com pessoas melhores e mais fortes emocionalmente. As pessoas acabam fazendo o que é melhor para elas e acabavam influenciando positivamente outras pessoas. Sim, como se fosse um efeito dominó e isso me fascina, pois nunca é uma vida transformada, mas sim todo a cadeia que essa pessoa pertence se transforma.

Todas essas experiências contadas para mostrar o quão simples é entender a hipnose, e com isso contar um caso que atendi com a queixa de parar de fumar.

Relação do hábito e vício

A cliente chegou até mim através de uma indicação de uma colega que também tinha passado pelo processo de hipnoterapia com a queixa de ansiedade. Então ela entrou em contato comigo explicando os motivos que gostaria de parar de fumar. Ela relatou que ela não gostava de fumar, e que os hábitos que o cigarro trouxe junto eram intoleráveis, mas mesmo assim por esses motivos ela não conseguia parar de fumar sozinha. Já havia tentado parar de fumar por diversas vezes, algumas dessas vezes até com medicamentos e nada dava certo.

Parar de Fumar

Ela relatou que ela detestava o cheiro que o cigarro deixava nas roupas, na boca, na mão, e por isso ela não gostava de incomodar as outras pessoas com esse hábito ruim, então ela estava sempre com perfumes na bolsa, balinhas, cremes.

Ela fumava um cigarro, e logo corria para o banheiro para escovar os dentes. Quando estava em casa, ou chupava uma balinha ou mascava um chiclete, e esses costumes estavam tirando ela do sério, mas os hábitos não pararam aí.

Contou como começou a fumar. A história se iniciou quando ela tinha por volta de trinta anos quando foi levar o filho para treinar futebol e enquanto o filho treinava, ela ficava na arquibancada o esperando e outra mãe que lá estava também ofereceu um cigarro a ela. Ela aceitou e desde então se tornou fumante.

Após isso ela começou a explicar conscientemente o porquê fumava, hora era porque estava estressada, hora porque as dívidas apareceram. Outras, porque estava mal no relacionamento com o esposo, porque o filho estava crescendo… E ela fumando cada vez mais.

Expliquei sobre como a hipnoterapia poderia ajudá-la e que esses motivos não eram necessariamente os motivos para ela fumar e que havia algo no seu passado que a influenciou a fumar. “Mesmo eu começando a fumar com quase trinta anos de idade?”, ela questionou, e eu disse que sim, e que a hipnoterapia traria as respostas que ela queria saber.

O brilho nos olhos vieram e a curiosidade de passar pelo processo foi grande, tão grande que ela criou uma expectativa altíssima, tão grande que ao final da sessão ela disse “era só isso? Me prendi mais de trinta anos a essa porcaria por conta disso, mas enfim me livrei”.

Parar de fumar com a hipnoterapia

Calma que contarei agora o que houve. Fizemos o processo de indução hipnótica onde o relaxamento físico e mental é importantíssimo para seguir ao processo. Ela seguiu as sugestões e rapidamente entrou em estado hipnótico. Trouxe a emoção que a prendia ao vício do cigarro e apareceu o sentimento de nojo. Um nojo tão forte que ela voltou na cena em que tinha três anos e viu o pai brigando com a mãe, a humilhando e falando coisas do tipo “eu não queria ser pai, você fez isso de propósito e ainda trouxe essa menina feia, magra, tão pequena e esquisita que parece uma ratinha”.

Quando ela disse isso, trouxe a questão do pai estar fumando naquele momento. A única coisa que ela conseguiu focar foi no cigarro, que era algo que mostrava poder naquele momento, pois o pai falava o que queria e ninguém falava ao contrário. E pelo que a paciente relatou, foi assim até o pai morrer, ninguém o questionava.

O trauma foi grande impactou bastante na vida dela, mas qual foi à relação dessa cena com ela se tornar fumante? Ao longo do processo ela percebeu que lá com vinte e nove anos, quando ela aceitou o cigarro daquela outra mãe, estava passando por momentos que não conseguia tomar decisões, que o marido não a escutava, e que ele queria que ela fizesse o que ele mandava.

Situação: ela era motorista de van escolar e ela estava tendo muitos prejuízos devido ao não pagamento das mensalidades de muitas mães, e ela mesmo assim levava as crianças para a escola.

O marido ficava furioso com isso, mas ela amava dirigir e amava também o trabalho. E quando ela não aguentava mais as pressões externas, o subconsciente para protegê-la trouxe que o cigarro era um sinal de poder. Se ela fumasse as pessoas iam a escutar sem a questionar, e foi assim mesmo que aconteceu.

Todos os fatos após começar a fumar trouxeram segurança nas atitudes dela. Ela continuou dirigindo, conseguiu cobrar as mães que estavam devendo, conseguiu receber esse dinheiro. Ela alcançou um nível de autoridade que jamais teve, e a mente dela entendeu que era por conta do cigarro. Na verdade, foi apenas ela ter se imposto aos problemas e decidir resolvê-los.

Quando ela entendeu isso, a vida fez mais sentido, o sentimento de nojo era na verdade um escape da mente dizendo “nós sentimos nojo do cigarro e do pai, mas precisamos ser iguais a ele, o resto damos um jeito”.

Ela achou espetacular o modo como a mente dela estava funcionando, que não fazia sentido (mas fazia) ela ter passado por tudo aquilo, que ela ia mudar a vida dela e seguiria sendo escutada, mas sem a força do cigarro pois a real e verdadeira força vinha dela.

Finalizando o texto, gostaria que você entendesse o relato acima como a força e o domínio da sua vida estão em você. Você não precisa usar de desculpas, vícios ou vitimismo para mudar.

Se você quiser mudar você consegue, se não consegue sozinha, busque ajuda. Mas de forma alguma viva uma vida fadada ao fracasso. Você tem total poder para viver uma vida espetacular e cheia de sucesso fazendo o que você quer e ama de verdade.

Escrito por: Gustavo Godoi

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